Por Tereza Sigwalt
Pesquisando na internet encontrei um site muito interessante, que traduz muitos dos meus questionamentos diante da velocidade do novo, como imposição externa, mas tambem traz sugestões criativas e por que não se dizer vanguardista, numa forma de aproveitar os recursos que os alunos trazem para sala de aula em termos de tecnologia.
Muitas
vezes, o professor por não estar “antenado” para isso ou por puro
tradicionalismo ou ate autoritarismo, não aproveita estas oportunidades para
construir uma nova forma de ensinar, muito mais atraente e veloz, como os dias
prescindem e como os alunos necessitam.
Mas,
para isso é preciso reflexão. E não um monte de leis simplesmente proibindo
celulares na sala de aula, ou planejamentos que engessam a atuaçao dos
professores, de forma mais criativa e inesperada. Pois a cada dia algo novo
acontece no mundo, e como num jogo de dominós, repercutem em todos, esse é o
nosso novo mundo global. A escola não mais poderá ser um mundo à parte, onde se
criava uma vivência própria com uma linguagem diferenciada, quase virtual.
A
escola hoje, é um micro cosmo, e está ligada 24 horas, a todas as escolas da
cidade, do país e do mundo, e quem a faz conectada e similar são os próprios
alunos, que ligados pela tecnologia, querem fazer parte da grande rede web.
Mas,
como utilizar todo esse potencial e velocidade, para “ensinar” conteúdos
“antigos”, com formatos ultrapassados, com recursos modernos muitas vezes
subutilizados e com professores não habilitados que ainda tem medo de “errar”
no computador, sem ter a menor intimidade com ele?
E
ainda tendo que atuar em sala de aula como o maestro da banda, tendo que
observar mil leis desde o ministerio ate ao regimento interno da escola, tendo
que planejar projetos criativos, com uma população totalmente diversificada,
com necessidades especiais, atentos aos reclames da comunidade na qual a escola
esta inserida, avaliar de forma não excludente, reividicando melhores salários,
tendo que dar aulas em mais de uma escola, tendo que participar de congressos
para se atualizar, e etc..
Em
que momento este professor vai poder “curtir” o seu ofíco junto aos seus
alunos? Em que momento ele vai poder participar do mundo web, das redes
sociais, relaxadamente, sendo tambem ele parte desse todo?
Sei
que hoje temos que ser multifuncionais como muitas máquinas, mas quando tratamos
de pessoas, de crianças e de jovens é preciso ter mais cuidado, é preciso ter
mais tempo, para sentir a dificuldade de cada um, para reconhecê-los não apenas
pelo nome, mas ao fazer a avaliação qualitativa de cada um, realmente
conhecê-los.
Para
saber o “outro” é preciso entrar nesse mundo único. E a convivência na sala de
aula, quando bem aproveitada, vai demonstrando o caleidoscópio que representa
cada um, com seus formatos diferenciados, seus desenhos únicos, suas mistura de
cores inéditas, seu potencial a ser descoberto e desenvolvido. E é assim que o
aluno, quer ser visto e tratado, como um ser único.
Se
a tecnologia veio para, diminuir o tempo gasto com movimentos mecânicos e
repetitivos, para se ganhar mais “tempo”, para se ter “tempo” para investir na
qualidade das relações, aonde esse bem precioso esta sendo disperdiçado?
Tereza
Sigwalt
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