sábado, 12 de maio de 2012

REFLEXÃO


Por Tereza Sigwalt


Pesquisando na internet encontrei um site muito interessante, que traduz muitos dos meus questionamentos diante da velocidade do novo, como imposição externa, mas tambem traz sugestões criativas e por que não se dizer vanguardista, numa forma de aproveitar os recursos que os alunos trazem para sala de aula em termos de tecnologia.
Muitas vezes, o professor por não estar “antenado” para isso ou por puro tradicionalismo ou ate autoritarismo, não aproveita estas oportunidades para construir uma nova forma de ensinar, muito mais atraente e veloz, como os dias prescindem e como os alunos necessitam.

Mas, para isso é preciso reflexão. E não um monte de leis simplesmente proibindo celulares na sala de aula, ou planejamentos que engessam a atuaçao dos professores, de forma mais criativa e inesperada. Pois a cada dia algo novo acontece no mundo, e como num jogo de dominós, repercutem em todos, esse é o nosso novo mundo global. A escola não mais poderá ser um mundo à parte, onde se criava uma vivência própria com uma linguagem diferenciada, quase virtual.
A escola hoje, é um micro cosmo, e está ligada 24 horas, a todas as escolas da cidade, do país e do mundo, e quem a faz conectada e similar são os próprios alunos, que ligados pela tecnologia, querem fazer parte da grande rede web.

Mas, como utilizar todo esse potencial e velocidade, para “ensinar” conteúdos “antigos”, com formatos ultrapassados, com recursos modernos muitas vezes subutilizados e com professores não habilitados que ainda tem medo de “errar” no computador, sem ter a menor intimidade com ele?
E ainda tendo que atuar em sala de aula como o maestro da banda, tendo que observar mil leis desde o ministerio ate ao regimento interno da escola, tendo que planejar projetos criativos, com uma população totalmente diversificada, com necessidades especiais, atentos aos reclames da comunidade na qual a escola esta inserida, avaliar de forma não excludente, reividicando melhores salários, tendo que dar aulas em mais de uma escola, tendo que participar de congressos para se atualizar, e etc..
Em que momento este professor vai poder “curtir” o seu ofíco junto aos seus alunos? Em que momento ele vai poder participar do mundo web, das redes sociais, relaxadamente, sendo tambem ele parte desse todo?
Sei que hoje temos que ser multifuncionais como muitas máquinas, mas quando tratamos de pessoas, de crianças e de jovens é preciso ter mais cuidado, é preciso ter mais tempo, para sentir a dificuldade de cada um, para reconhecê-los não apenas pelo nome, mas ao fazer a avaliação qualitativa de cada um, realmente conhecê-los.
Para saber o “outro” é preciso entrar nesse mundo único. E a convivência na sala de aula, quando bem aproveitada, vai demonstrando o caleidoscópio que representa cada um, com seus formatos diferenciados, seus desenhos únicos, suas mistura de cores inéditas, seu potencial a ser descoberto e desenvolvido. E é assim que o aluno, quer ser visto e tratado, como um ser único.
Se a tecnologia veio para, diminuir o tempo gasto com movimentos mecânicos e repetitivos, para se ganhar mais “tempo”, para se ter “tempo” para investir na qualidade das relações, aonde esse bem precioso esta sendo disperdiçado?

Tereza Sigwalt

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